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Bentos é a comunidade de organismos que vive no substrato de ambientes aquáticos. A primeira menção da expressão «bentos» (que provém do étimo grego bénthos, que significa «profundezas marinhas») foi feita em 1834 por um naturalista/artista alemão chamado Ernst Haeckel, que usou o termo para se referir a formas de vida que habitam o fundo dos mares.
A expressão engloba os organismos que vivem fixos ou não ao substrato, sendo comummente empregada em áreas da ciência como ecologia, biologia marinha, limnologia e oceanografia. O termo bentos é uma contraposição aos termos plâncton e nécton que referem-se a comunidades de organismos pelágicos que vivem na coluna de água de ambientes aquáticos.
Os organismos bênticos ou bentónicos são aqueles que vivem associados ao substrato (consolidado ou não), seja em ambientes marinhos, salobros ou dulcícolas. Esses organismos distribuem-se dentro ou sobre os sedimentos, fixos sobre rochas e demais tipos de substratos, como por exemplo corais. No oceano, os organismos bentónicos também podem viver nas zonas entremarés (conhecida como litoral), infralitoral, batibentónica, abissobentónica e hadobentónica. As duas primeiras fazem parte da zona costeira, enquanto as três últimas fazem parte da zona profunda. Devido à pouca penetração da luz na coluna de água, a distribuição de vegetais bentónicos está limitada às camadas superficiais do ambiente marinho. Logo, a ocorrência de fitobentos está confinada às zonas entremarés e infralitoral dos oceanos, podendo ser encontrado em profundidades máximas de 30 a 100 metros.[carece de fontes?] Sendo assim, o bentos de áreas profundas é composto principalmente de bactérias e animais.
As comunidades bentónicas são frequentemente usadas como indicadores biológicos porque elas podem fornecer informações sobre condições ambientais, devido à sensibilidade de uma única espécie (conhecida como espécie indicadora) ou por causa de alguma característica geral que faz a comunidade integrar os sinais do ambiente (como a poluição) ao longo do tempo.